INTRODUÇÃO
O relatório a seguir é uma síntese
de um trabalho de campo realizado no dia 17 de março de 2013. Onde Adriano
Saraiva e Maria José assunção, professores das disciplinas de Fundamentos e
Metodologia de Geografia e Historia, organizaram um roteiro de uma aula
prática, sobre os pontos históricos de Porto Velho. Através do mesmo os alunos
do curso de Pedagogia da Faculdade Metropolitana, tiveram o privilégio de
conhecer de perto as histórias de nossa cidade, antes citadas apenas nos
livros. Através da aula realizada, foi
possível enriquecer ainda mais os conhecimentos a respeito da história de Porto
Velho.
A
seguir, serão apresentados os pontos históricos da cidade onde foram visitados.
Aos 17
de março de 2013, a Faculdade Metropolitana sobre os cuidados dos Professores e
Mestres, Adriano Saraiva e Maria José Assunção, Professores das disciplinas
Fundamentos e Metodologia de Geografia e História, promoveram juntamente com os
alunos do 3º Período de Pedagogia, um trabalho de campo onde foi possível
relembrar um pouco da História de Rondônia, e como tudo começou.
O trabalho iniciou as 8:00h, na
Praça Padre João Nicoletti (Praça da
Catedral) ponto histórico da cidade de Porto Velho, onde em 1917, foi lançado a pedra fundamental
para a construção da Igreja Sagrado Coração de Jesus. No entanto, apesar da
pedra fundamental ser lançada em 1917, a história da Catedral Sagrado Coração
de Jesus, localizada à Rua D. Pedro II, Praça Padre João Nicoletti no centro de Porto Velho.
Começa
a partir de 1927, quando alguns padres salesianos iniciaram a sua construção,
tendo o próprio Padre João Nicoletti, em 1928 iniciado a ampliação da igreja.
Para se ter uma ideia, o tijolo foi feito no mesmo local, as telhas vieram de
Belém-PA, a madeira tirada daqui mesmo. A população de Porto Velho, desde o
início colaborou muito, em clima de mutirão (PALITOT, 2013).
Sabe se, que a maior
parte do material veio da Europa e Belém, onde os próprios moradores ajudaram a
carregar os materiais do porto até a localização do terreno para que se
efetivasse a construção.
Início da construção - Porto Velho – Rondônia
Catedral Sagrado Coração de Jesus - Porto Velho
Aos poucos
a igreja foi tomando forma, à fachada da Catedral foi construída em estilo romântico
colonial, com duas torres simétricas cujas agulhas alcançam o ponto mais alto
do templo.
Catedral Sagrado Coração de Jesus - Porto Velho
Uma das partes da Catedral que mais chama atenção são
os vitrais.
Vitrais da Catedral - Porto Velho
Segundo o historiador Palitot (2013),
Os vitrais são de vidros fundidos e
rejuntados com chumbo. As decorações em torno dos vitrais reproduzem linhas
góticas, com arco em triângulo isósceles. As partes inferiores reproduzem
desenhos simétricos e decorações de símbolos da tradição religiosa.
Dessa forma o estilo da igreja começava a
ser definido, como clássico-romântico-colonial. Onde a primeira pintura nas
paredes, dando um toque de obra de arte foi feita pelas mãos dos padres Ângelo
Cerri e Francisco Pucci. Onde mais tarde passou por um processo de restauração
pelas mãos da artista plástica Rita Queirós a mesma deixou sua marca dando um
toque regional na Catedral. A Igreja foi construída no bairro Caiári um dos
primeiro bairro da cidade de Porto Velho para atender a elite da Estrada de
Ferro Madeira Mamoré.
Ao lado da Catedral fica localizado
a Escola Barão dos Solimões, uma das escolas mais antiga de Porto Velho fundada
em 1925.
De acordo Gorayeb
(2013)
A
Escola “Barão do Solimões” foi criada no referido ano, por ato do Interventor
Alfredo Sá, com a denominação de Grupo Escolar, constituído de três cadeiras,
ficando determinado que o Município colocasse um prédio à disposição; para
funcionamento do mesmo.
A importância deste colégio foi tão grande, que foi nele que
aconteceu a cerimônia de instalação do Território Federal do Guaporé, 1944,
quando Aluizio Ferreira foi nomeado como primeiro Governador do Território.
Colégio Barão do Solimões
Dando continuidade
com o trabalho passamos por alguns pontos da cidade onde foram tiradas algumas
fotos.
.
Logo após as fotos,
seguimos para as três caixas d’água, onde foi possível conhecer um pouco mais sobre
a origem de suas existências.
Três caixas d’água
As Três Caixas D’água foram
construídas entre 1910 a 1912, elas vieram dos Estados Unidos para cá,
desmontadas em kits, para abastecer as obras da Estrada de Ferro Madeira
Mamoré. Com capacidade de 200 mil litros, elas funcionaram até 1957 abastecendo
o bairro Caiári. Elas são vistas de vários pontos da cidade, o que acabou se
tornando o símbolo da cidade. Foram projetadas e
construídas pela Chicago Bridge & Iron Works, de Chicago-Estados Unidos.
Esta informação consta em placa de ferro cravada nas pilastras de cada uma
delas.
Placa
da 1º Caixa Placa
da 2º e 3º Caixa
Durante o trabalho de campo conhecemos também um
pouco da historia da educação em nossa cidade, passamos pelo prédio da UNIR CENTRO
(Universidade Federal de Rondônia), onde foram relatadas algumas histórias
pelos professore que estavam coordenando o trabalho, que foram estudantes da
referida instituição. Sabe-se, que a UNIR CENTRO, veio ocupar o prédio tempos
depois, pois antes o prédio funcionava como um hotel que atendia a elite da
Estrada de Ferro.
UNIR CENTRO
Logo próximo ao prédio da
UNIR CENTRO, fica localizado o Palácio do Governo, o então Palácio Getulio
Vargas, que começou a ser construído no ano de 1948 e teve sua construção
concluída no ano de 1954, pelo governador Ênio
dos Santos Pinheiro, sendo inaugurado
pelo então Presidente Getulio Vargas, também o criador do Território Federal do
Guaporé.
Palácio do Governo
Após o Palácio do Governo, nossa próxima parada
foi no prédio do relógio, o então edifício da administração da Estrada de Ferro
Madeira Mamoré. Em forma arquitetônica de uma locomotiva, o prédio foi
construído para alojar os administradores da EFMM. Sua inauguração ocorreu em
1949. Conhecido hoje como Prédio do Relógio, por ter um
relógio em sua parte superior, é atualmente sede da FUNCETUR (Fundação Cultural
e Turística do Estado de Rondônia), Órgão Oficial de Turismo.
Prédio
do relógio
Chegando a um consenso,
a turma decidiu fazer uma parada para um lanche, no Mercado Central de Porto
Velho. Após o lanche seguimos para um passeio de barco, no retorno falamos um
pouco da História da Estrada de Ferro Madeira Mamoré que é um marco na História
de Rondônia onde tudo começou.
A
lendária estrada de ferro, que alguns cognominavam “a estrada dos trilhos de
ouro” ou “a ferrovia do diabo”, quando se afirmava que cada um dos 549 mil
dormentes correspondia à vida de um homem que trabalhava na sua construção. Foi
desativada dando lugar a uma rodovia que substituiu no trecho (SILVA 1984, p.
50).
Depois de muitas doenças e morte a ferrovia foi
inaugura em 1912, ligando Porto Velho a Guajará-mirim. Vindo a ser erradicada,
alguns anos depois com a construção da BR 364.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho realizado foi de grande relevância,
pois através do mesmo foi possível, conhecer um pouco mais da história do
estado de Rondônia e em especial a historia da cidade de Porto Velho.
A Metodologia utilizada pelos professores
mostrou que a disciplina de Geografia e História, está longe de ser uma disciplina
enfadonha, que se resume apenas em ler e escrever.
Através do roteiro utilizado pelos
professores, os alunos puderam conhecer e compreender alguns pontos históricos
da cidade e como se dá essa política de desenvolvimento e a preservação de um
patrimônio histórico de nossa cidade.
REFERÊNCIAS
GORAYEB Anísio. Nossos prédios históricos. Disponível em:
< http://www.rondoniaovivo.com.br/noticias/nossos-predios-historicos > Acesso em: 17/03/2013.
PALITOT
Aleks. Trilhando
a História. Disponível em: < http://alekspalitot.blogspot.com.br/2012/07/catedral-do-coracao.html > Acesso em: 17/03/2013.
SILVA, Amizael Gomes. No
rastro dos pioneiros: um pouco da
história rondoniana. Porto Velho. SEDUC, 1984.
SIMONE LUCAS