FACULDADE METROPOLITANA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II –
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
SIMONE DE
ARAUJO DONATO LUCAS
PORTO VELHO/RO - 2012
SIMONE DE ARAUJO DONATO LUCAS
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II –
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Relatório
apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia, da Faculdade Metropolitana,
como requisito obrigatório de avaliação da disciplina de Estágio Curricular
Supervisionado II – Anos iniciais, sob a orientação da Prof. Ms. Sheila
Ximenes.
PORTO VELHO/RO - 2012
“A educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda”.
(Paulo Freire)
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO.....................................................................................................
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6
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DIAGNÓSTICO DO CONTEXTO
ESCOLAR...................................................
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7
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ESTÁGIO
DE OBSERVAÇÃO............................................................................
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8
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ESTÁGIO DE
PARTICIPAÇÃO...........................................................................
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11
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ESTÁGIO DE
REGÊNCIA...................................................................................
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CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................
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REFERÊNCIAS....................................................................................................
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ANEXOS.................................................................................................................
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21
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GALERIA.................................................................................................................
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30
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INTRODUÇÃO
O
estágio supervisionado do curso de Pedagogia tem como objetivo principal,
aprimorar os conhecimentos do acadêmico, oportunizando compartilhar construções
de aprendizagem, bem como a aplicação do aprendizado teórico na prática da
profissão escolhida.
Em cumprimento a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Base
da Educação), conforme estabelece em seu art. 82, diz que “os sistemas de
ensino estabelecerão normas para realização dos estágios dos alunos
regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição”.
Dessa forma, constata-se que o
estágio supervisionado, faz parte da nossa formação educacional, sendo
garantido por lei. Assim, o estágio
supervisionado faz parte da formação
acadêmica, partindo de um referencial teórico, para uma confirmação na prática
em uma sala de aula.
Desse modo, o
período destinado ao estágio serve de base para o aluno, refletir se realmente,
é aquilo que quer para sua futura profissão, pois é no estágio que se descobre
as grandezas de ser professor.
Enfim,
é durante o estágio supervisionado que o curso de Pedagogia proporciona
ao aluno uma forma de se especializar e de se tornar um grande profissional na
área da pedagogia, podendo adquirir técnicas e habilidades para lidar com
crianças de forma qualificada e com competência.
O referido estágio foi
desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental Heitor Villa Lobos.
1. DIAGNÓSTICO DO CONTEXTO ESCOLAR
2. ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO
O estágio de
observação teve início no dia 28 de fevereiro de 2012, onde me apresentei à
escola citada acima, com intuito de conhecer a realidade do contexto escolar,
fui muito bem recebida pela direção da escola, a diretora Thelma Regina Vieira, que desde então não mediu esforços, para que
eu pudesse alcançar meus objetivos. Nesse dia, fiz uma breve análise da
estrutura da escola e seus funcionamentos.
De acordo com Moretto
(2003, p. 79),
Quando
o sujeito observa, ele faz comparações entre experiências; as já vividas e cuja
representação construída constitui suas estruturas cognitivas (seus
conhecimentos), com a experiência que ele faz no momento, isto é, a
representação que ele está construindo na sua interação com o mundo das
limitações.
Desse modo, a observação serve de base para conseguirmos informações, ou seja, é um momento de verificação de como ocorre na prática à rotina escolar.
Barreira & Gebran (2006, p. 99), esclarece que “no estágio de
observação da sala de aula, a exemplo da escola, deve-se estar atento ainda,
como observar e como registrar, para elaborar o diagnóstico que orientará as
ações do estagiário na sala de aula”.
Na semana seguinte,
no dia 06 de março, ao chegar à escola apresentei-me a coordenadora de ensino,
onde ela me apresentou a professora e a sala onde iria continuar minhas
observações.
Ao entrar na sala de aula, fui recebida com
alegria pela professora e com curiosidade pelas crianças, que queriam saber o
motivo da minha presença ali. A professora explicou que se tratava de
experiências e contribuição de estagiária, logo em seguida, ela deu um tempo para
que eles se familiarizassem comigo, feito isso, ela deu continuação com as
atividades diárias.
Durante o tempo destinado a observação, pude
perceber que a professora trabalha os mais variados tipos de atividades com as
crianças. O que mais me chamou atenção foi a ênfase que ela deu para a prática
da leitura em sala, ou seja, ela sempre leva um texto e distribui para os
alunos. Dessa forma, consegue manter o
ritmo durante as aulas e ao mesmo tempo os incentiva para essa prática diária.
Segundo Cagneti & Zotz (1986, p. 23) “a
leitura é fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao
mundo”. Nesse sentido, a leitura é considerada a atividade mais importante da
vida do ser humano, pois é através da mesma que se desenvolvem outras
habilidades no leitor, como o conhecimento, a sensibilidade, assim como a
imaginação.
Durante as aulas, pude observar se os alunos
prestavam atenção enquanto a professora explicava as atividades, se faziam as
tarefas de casa. Sabe-se, que a Lição de Casa é uma prática, que acontece na
grande maioria das escolas, sejam quais forem as suas concepções de
ensino.
Segundo Romano (
2012),
A Lição de Casa
como atividades, representa uma oportunidade de auto-aprendizagem,
auto-conhecimento, reflexão, expressão e crescimento pessoal do aluno. Para
isto, é preciso repensar duas crenças arraigadas: a de que a tarefa de casa tem
como objetivo que o aluno aprenda o que foi trabalhado em classe, fazendo
exercícios repetitivos e mecânicos, ou seja, que aprendemos pela repetição; e a
crença de que a obrigatoriedade da lição diária gera, por si só, a
responsabilidade e o hábito de estudo.
Nesse
sentido, a Lição de Casa se torna um momento de reflexão, e auto-avaliação onde
os exercícios de casa têm o papel primordial de possibilitar esse aprendizado.
A professora demonstrou ser
uma profissional disciplinada e respeitada pelos seus alunos, quando algum
aluno apresenta dificuldade no processo de ensino aprendizagem ela faz
acompanhamento individual em sala e se preciso for, ela encaminha esse aluno
para aula de reforço em outro período.
Como caracteriza Silva ( 2012),
O reforço escolar tem
por objetivo a aprendizagem dos educandos em nível de desigualdade com o ritmo
da turma, consolidando e ampliando os conhecimentos, enriquecendo as
experiências cultuais e sociais, para assim ajudá-lo a vencer os obstáculos
presentes em sua aprendizagem
O reforço faz parte do plano
pedagógico da escola e é desenvolvido em um horário diferente do turno das
aulas normais, ou seja, a professora ministra aula no período da manhã e a
tarde retorna a escola para aplicar o reforço.
O planejamento da professora é feito
semanalmente, onde recebe todo apoio necessário da coordenação pedagógica, com
sugestões de atividades diferenciadas, que contribui com o desenvolvimento dos
alunos.
Os professores participam de curso de
formação continuada, (Pró - Letramento) que são oferecidos pela secretária de
educação (SEDUC).
Diante das minhas observações e confirmada
pela Supervisora da escola, não são todos os professores, que utilizam a
proposta construtivista.
Segundo Becker (2012), Construtivismo
significa:
A ideia de que nada, a rigor, está pronto,
acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma
instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo
com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações
sociais; e se constitui por força de sua ação.
Desse
modo, pode-se dizer que o construtivismo propõe que o aluno participe
ativamente do próprio aprendizado, ou seja, a proposta construtivista procura estimular
a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de
seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade.
Segundo a Supervisora, o método tradicional
ainda está muito presente, mas que os professores estão sempre participando de
capacitações dentro da proposta de alfabetização construtivista. Porém, não
posso afirmar de fato qual a proposta de alfabetização da escola pelo fato de
não ter tido acesso ao Projeto Político Pedagógico da escola, apesar de
insistir em vê-lo, foram varias tentativas, porém sem êxito.
O último dia do
estágio de observação, a escola estava festiva, pois a mesma estava completando
20 anos de funcionamento. Estiveram presentes no local várias pessoas ilustres,
como a Secretária de Educação do Estado, a primeira Diretora da escola que deu
um depoimento de como surgiu o nome da escola, Dona Guilhermina que foi a
primeira funcionária e que trabalha até hoje na mesma, entre outros, que de uma
forma geral contribuíram com o desenvolvimento da escola para que ela
conseguisse chegar ao ponto em que está hoje.
A
escola escolhida para realização do estágio vem se destacando pelas habilidades
de integrar os conteúdos das aulas às atividades extracurriculares, tais como, Educação de Trânsito, focalizando a educação e cidadania,
inclusão, diversidade cultural, autonomia, democracia, a busca de ideias, novos
desafios, igualdade e avanços sociais, possibilitando assim, a
construção do conhecimento de forma mais atrativa.
3. ESTÁGIO DE PARTICIPAÇÃO
Nessa fase o estagiário auxilia e colabora
espontaneamente nas atividades
desenvolvidas na sala de aula, no entanto, nessa etapa, o estágio torna-se
gratificante, pois, é o momento em que o estagiário tem a chance de conhecer a
realidade do contexto escolar e as dificuldades encontradas pelos alunos e ter
a chance de tentar solucionar tais dificuldades.
Todos os dias antes de
entrarem para a sala de aula, os alunos fazem fila no pátio onde é feito uma
oração e em seguida seguem para a sala, para dar início as atividades. A professora espera todos se acomodarem, só
então começa a passar as atividades do dia.
No primeiro dia da minha participação a
professora trabalhou atividades de matemática, onde o assunto abordava as
quatro operações, (somar, subtrair, multiplicar e dividir), além das resoluções
de problemas, na qual o objetivo era ensinar as crianças a aprenderem as contas
e resolver problemas usando as operações, pois, muitos alunos apresentam
dificuldades quando a atividade é resolver problemas, pois as mesmas não sabem
qual operação usar.
Nesse sentido, Pozo (1998, p. 9) diz que,
[...] ensinar os alunos a resolver problemas supõe
dotá-los da capacidade de aprender a aprender, no sentido de habituá-los a
encontrar por si mesmos respostas, às perguntas que os inquietam ou que
precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e
transmitida pelo livro-texto ou pelo professor.
Sendo assim, a melhor maneira de ajudar os alunos a
entender as operações matemática não é dar explicações detalhada, mas sim criar
oportunidade para que os mesmos descubram por si os seus significados. Cabe ressaltar que resolver problemas não
modifica apenas a matemática, mas também aquele que os resolve, nesse caso o
próprio a aluno.
A professora procura relacionar as atividades
com situações que acontecem no dia a dia dos alunos, ao abordar um assunto de
ciências, por exemplo, onde o assunto é a importância da água, ela consegue
levá-los a refletir sobre o seu uso, consumo excessivo e qual a sua importância
para nossa sobrevivência.
Nesse sentido,
Freire (1979, p. 17) esclarece que,
Reflexão
e educação são termos que suscitam o sentido de transformação, pois são
características de indivíduos capazes de pensar. Pensar é existir, é ser gente,
é viver num mundo real, é ter uma relação com esse mundo e interagir com ele.
A
mesma aborda os assuntos de forma clara e objetiva, com o intuito de
conscientizar os mesmos, sobre a importância dos assuntos trabalhados durante a
aula.
Durante
o estágio de observação, percebi que os alunos tinham grande resistência à
leitura, o que me chamou muita atenção, porém, no estágio de participação onde
o estagiário vê de perto as dificuldades encontradas pelos alunos, pude
entender o porquê de tantas resistências, infelizmente, uma das grandes
dificuldades encontradas por eles, é que apesar de estarem no 4º ano, não sabem
ler e consequentemente não sabem escrever, por esse motivo eles relutam quando
o assunto aborda a leitura, interpretação de texto na sala de aula.
Segundo Souza (1992, p. 22)
Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir
significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o
lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as
influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma
compreensão particular da realidade.
Dessa forma, a leitura é considerada a base na formação de um indivíduo, ou seja, ler não é simplesmente decifrar os códigos
linguísticos, ler significa entender e interpretar de forma clara o assunto
estudado.
Dentre os inúmeros planos de
aula da professora, um que gostei muito de vê-la trabalhar foi o plano de aula Ética e Cidadania, onde o os objetivos eram: Resgatar alguns valores
éticos que estão se perdendo com o passar dos anos; Diferenciar ética, moral,
cidadania e cidadão; Perceber o valor educativo das fábulas; Criar uma
consciência crítica; Compreender e interpretar textos. Vale ressaltar, que
todos esses objetivos foram trabalhados através de fábulas.
Segundo, o Dicionário Prático de
Língua Portuguesa, Fábula quer dizer, “Relato alegórico de fundo moral; ficção;
mentira”. Nesse sentido, as fábulas
são pequenas narrativas, onde os personagens são geralmente animais que possuem
características humanas, no qual o objetivo é passar uma lição de moral.
Os alunos têm aula de Educação Física, que acontecem
uma vez por semana, quase sempre no último tempo, pois a professora não tem um
horário específico para executar sua aula, a aula é ministrada por uma
professora formada na área para trabalhar tal disciplina.
Durante o recreio, as crianças são deixadas livres para
correr e brincar sem o acompanhamento de algum professor ou mesmo do
Coordenador, par direcionar suas brincadeiras, o que caracteriza uma
contradição.
Segundo o MEC (Ministério Da
Educação).
As atividades livres ou dirigidas, durante o período de
recreio, possuem um enorme potencial educativo e devem ser consideradas pela
escola na elaboração da sua Proposta Pedagógica. Os momentos de recreio livre
são fundamentais para a expansão da criatividade, para o cultivo da intimidade
dos alunos, mas, de longe, o professor deve estar observando, anotando,
pensando até em como aproveitar algo que aconteceu durante esses momentos para
ser usado na contextualização de um conteúdo que vai trabalhar na próxima aula.
(MEC/CNE, Parecer 02/2003).
Contudo,
é preciso que as escolas reformulem a ideia que se tem do recreio, à hora
destinado a esse momento não pode ser entendido como mero descanso ou passatempo. Os professores devem aproveitar
esse tempo, para analisar situações que
acontece nesse intervalo, e usar as mesmas como ferramentas educativas para ser
trabalhado na próxima aula.
Enfim, durante o estágio de participação, vivenciei momentos
alegres, como por exemplo, alguns alunos que no início do estágio de
observação, não sabiam se quer juntar as letras, e com o passar dos dias você
vê o desenvolvimento dos mesmos, e saber que você contribuiu com esse momento
isso se torna gratificante, no entanto, essa é uma experiência que não
esquecerei jamais.
4.
ESTÁGIO DE REGÊNCIA
O período destinado ao estágio de regência se torna uma etapa fundamental na
formação acadêmica. Pois, esse é o momento em que o acadêmico se vê frente a
frente com a realidade escolar. É nessa
etapa que o estagiário tem responsabilidade de assumir a sala, onde deverá
mostrar desempenho nas tarefas e domínio dos conteúdos que será aplicado por
ele durante as aulas.
Segundo
Perrenoud (2002), é nesse momento do curso que o aluno aprendiz se vê entre duas analogias, ou seja, está
abandonando sua identidade de aluno para adotar a de profissional
responsável por suas decisões.
O estágio de regência teve início no
dia 02 do mês de maio, tendo uma sequência didática nos dias 04, 08, 11 e 15 de
maio de 2012. No primeiro dia propus uma dinâmica que iria se estender até o último
dia da minha regência, sempre no primeiro horário das aulas, expliquei como
seria a dinâmica e qual o objetivo da mesma. A dinâmica foi um projeto no qual
os objetivos, eram levar
as crianças a perceberem como o respeito ao próximo é um ponto básico de valores na vida de todos os seres
humanos para se construir como pessoa, como também diminuir o grau de agressividade no
relacionamento entre eles, ao mesmo tempo mostrar a importância de aprender e
saber respeitar as diferenças físicas e psicológicas que existem entre as
pessoas.
Segundo Cury (2007), os alunos não
sabem a importância de conviver com pessoas diferentes. Não compreendem que os
maiores erros cometidos pela humanidade ocorrem por não aceitar e respeitar as diferenças.
Sendo assim, devemos trabalhar esses
valores, e mostrar às crianças como o respeito é
o mais básico de todos os valores, é um valor que dá sustento a todos os
demais.
Feito esse momento de socialização, dei
seguimento com a aula. O primeiro dia a professora sugeriu que fosse
trabalhado, produção de frases, ortografia e gramática. Então abordei o assunto
da ortografia, expliquei a eles que a ortografia, segundo o Dicionário Prático de Língua Portuguesa, é a “parte da gramática que
ensina a escrever corretamente as palavras”. Ou seja, a ortografia é o sistema
correto de representar a escrita e que dentro dela existem algumas regras que
não pode ser deixada de lado. Nesse dia também trabalhei, conteúdo de ciências
no qual o assunto era as camadas da terra, levei uma atividade bem
interessante, que chamou muita atenção dos mesmos, cujo nome da atividade era
cruzando as camadas da terra. Segundo HAMZE (2012),
A
utilização das palavras cruzadas como ferramenta didática procura criar
oportunidades onde o desafio e a curiosidade são favorecidos, facilitando o
trabalho de construção do conhecimento. Funciona como um apoio didático eficaz
que inventa situações vivas e variadas, desenvolvendo as probabilidades no
ensino.
Desse modo, a utilização das palavras cruzadas em sala de
aula tem por objetivo desenvolver entre outras habilidades a de estimular a
memória, e ao mesmo tempo tornar as aulas mais
atrativas, porém para que isso aconteça é necessário que o professor utilize a
criatividade, e segurança em abordar os conteúdos como um elemento motivador.
Conforme os
dias foram passando, a professora foi me sugerindo os conteúdos que queria que
trabalhasse com os alunos na próxima aula. O que para mim se tornava um
desafio. Pois tinha pouco tempo para montar os meus planos de aula e as
atividades que iria aplicar na próxima regência. Porém, procurei sempre levar
atividades que prendiam a atenção dos mesmos, trabalhei os mais variados
assuntos, tais como: Matemática, Ensino religioso, Arte,
Português, Ciências, além das Leituras que eram trabalhadas todos os dias.
Em matemática, por exemplo, o
assunto abordava as quatro operações além das resoluções de problemas, onde os
objetivos eram proporcionar aos alunos a solução e compreensão das operações
matemáticas, desenvolver
o raciocínio lógico e aprimorar
a capacidade de resolver problemas diversos por meio da interpretação de
informações, utilizando conhecimentos matemáticos prévios.
Nesse
sentido, os PCNs, (Parâmetros curriculares nacionais 1997 p, 26), diz que: “É importante destacar que a Matemática deverá
ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento
do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade
estética e de sua imaginação''. Sendo assim, a matemática deve ser vista
como uma matéria simples e objetiva, pois, a matemática é um instrumento de
grande valia usada em quase todos os momentos da vida.
Na disciplina de Ensino Religioso,
trabalhei atividades sobre o começo do mundo, onde eles construíram um livrinho
com o tema proposto. Sabe-se, que a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Base da Educação. p, 36), estabelece que:
O ensino religioso,
de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil,
vedadas quaisquer formas de proselitismo.
Dessa forma, o Ensino
Religioso que se aborda nas escolas, tem muito a contribuir na formação humana.
Ou seja, não é possível pensar em educação de qualidade que não aborde a
dimensão religiosa do ser humano. Cabe ressaltar, que o papel das escolas não é
doutrinar os alunos, mais sim levá-los a reconhecer a importância do pluralismo
de ideia que existem em nossa sociedade.
No
ensino da arte, levei algumas atividades dirigidas, e também deixei que os
alunos criassem suas próprias artes. Pois, o ensino da arte está regulamentada
na LDB 9.394/96 (Lei de
Diretrizes e Base da Educação. Artigo 26, § 2º), segundo a mesma, “O ensino da
arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica de
forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. Nesse sentido, deixá-los
livre para criarem suas próprias artes,
favorece o desenvolvimento integral do indivíduo, possibilitando a expressão
livre do pensamento e das emoções, desenvolvendo seu raciocínio com
criatividade e imaginação.
No
ultimo dia do estágio de regência, iniciei o dia, lendo um pequeno texto do
livro “Oração diária para os pequeninos” que diz o seguinte:
A força dos bons pensamentos nos
fazem caminhar para frente, alcançar nossas metas e lutar por aquilo em que
acreditamos. Essa crença deve ser desenvolvida à medida que crescemos e que
ampliamos o nosso conhecimento da vida. Desde criança precisamos nos educar
para ouvir, refletir e rever nossas atitudes. (BRAGA, 2009. P 3).
Diante
do exposto, fiz algumas considerações a respeito do texto. Em seguida,
expliquei como seria nossa atividade do dia.
Apliquei
o projeto de matemática, que foi desenvolvido em duas etapas, na primeira etapa
foi explicado o conceito e a importância do projeto cujo tema era Adição e
Subtração. Na segunda etapa partimos para a parte prática do projeto que foi
desenvolvido através de dinâmica.
De acordo com Souza
(2012),
A
dinâmica é a forma do educando contar algo, falar dos enigmas de seu mundo
interior, além de oferecer recursos para que o educando passe do papel de
passivo à ativo, aumenta a capacidade de tomar consciência de si e do outro,
promovendo a socialização e a aprendizagem.
Dessa forma as
dinâmicas de grupo beneficiam o relacionamento entre os alunos, possibilitando
assim uma socialização maior entre eles.
Após,
o termino do projeto de matemática, levei-os, à videoteca para assistir o filme
“Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho”. Em seguida, foi feito uma socialização
sobre o comportamento de alguns personagens do filme, onde todos puderam se
expressar aproveitei esse momento de discussão, para finalizar o projeto “Anjo protetor na sala de aula”, onde
eles falaram da experiência que foi participar do projeto, no qual o resultado
foi maravilhoso. Assim sendo, me despedi da turma entregando uma singela
lembrança a cada um, e assim encerrei meu Estágio Curricular
Supervisionado II.
Considerações
finais
O
estágio supervisionado do curso de pedagogia é a base que nós como futuro
professor precisamos para conviver com a realidade escolar, pois é durante o
estágio que descobrimos as várias faceta da educação, e o que há por traz dela.
Sendo assim, o período em que se destina ao
estágio serve de eixo entre o que é visto na teoria e o que se aplica na
prática.
No entanto, é durante o estágio que nós nos
descobrimos como professor é nessa etapa do curso que são plantadas as
primeiras sementinhas na vida dos educandos.
Enfim,
a realização do estágio se torna um momento
decisivo para a formação do profissional de educação, pois o acadêmico de
hipótese alguma, poderá ocupar um espaço educacional, sem conhecer de perto a
realidade escolar, e os problemas que os cerca no contexto atual.
REFERÊNCIAS
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Abou. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores.
São Paulo: Avercamp, 2006.
BRASIL.
Leis de Diretrizes e Bases da Educação.
Lei nº 9.9394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, 2008.
_______.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
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BRAGA,
Márcia Maria Villanancci. Orações
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MOURA, Manoel Oriosvaldo de. O
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|
MORETTO, Vasco Pedro.
Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. 4 ed. Rio de janeiro:
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PERRENOUD, Philippe. – A Prática Reflexiva no Ofício de Professor:
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Parabens seu relatorio ficou perfeito gostei da maneira cm vc trabalhou com os alunos as aulas mim serviu de espelho para aprimorar os meus conhecimentos de estágiaria.
ResponderExcluirParabéns seu amaterial e otimo!obg por compartilhar.
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