"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra".

( Anísio Teixeira )

14/06/2012

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

INTRODUÇÃO

O Presente relatório tem a finalidades de apresentar os resultados da observação do processo de avaliação em duas escolas Estaduais do Município de Porto Velho/RO. Ambas funcionam em dois turnos, sendo matutino e vespertino.
            Durante muito tempo o processo de avaliação nas escolas era visto como um mero ato de classificar e não de avaliar como o próprio nome diz. Com o passar dos anos houve a necessidade de mudança e essa prática se tornou ultrapassada.        Atualmente, a prática da avaliação nas escolas, é vista como uma importante ferramenta pedagógica que auxilia o professor a alcançar o objetivo da escola, que é fazer com que os alunos se desenvolvam. Desse modo, avaliação nas escolas, serve para medir o rendimento, a qualidade do aprendizado do educando e auxiliar o mesmo a superar suas dificuldades, ao mesmo tempo serve para o professor rever seu método de ensino se está sendo eficaz ou não. 
A escola x é uma escola de Educação Infantil, que atende criança de dois a cinco anos de idade.
 A observação foi feita com a turma de Pré II (4 anos). Sabe-se que, a Educação Infantil, atende criança na faixa etária de zero aos seis anos de idade, educação essa que tem seu direito amparado por lei, sendo reconhecido na Lei de Diretrizes e Base da Educação em seu Art. 29, que diz,

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Nesse sentido, a educação infantil, consiste no desenvolvimento das crianças antes da sua entrada no ensino obrigatório. Desse modo, a função da educação infantil é peparar a criança para o egresso no ensino fundamental.
Sendo assim, uma questão muito importante é o processo de avaliação na educação infantil.
Segundo, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Art. 31. “Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”.
Como se vê, o processo de avaliação na educação infantil, deve ser feita sempre ao longo do processo, por meio de registro no desempenho de algumas habilidades. Desse modo, é através da avaliação que o professor percebe se seu método de ensino está sendo adequado ou não para atender seus alunos. Na escola observada, a avaliação, é feita de maneira formativa.
Segundo, Haydt (1995, p. 17), a avaliação formativa, “permite constatar se os alunos estão, de fato, atingindo os objetivos pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os resultados efetivamente alcançados durante o desenvolvimento das atividades propostas”.
Sendo assim, na escola de Educação Infantil X, a avaliação, se dá mediante o desenvolvimento nos aspectos: social, emocional, cognitivo e motor.
Diante desses aspectos , a criança é avaliada, na pontualidade, se frequenta as aulas regularmente, se é crítica, comunicativa, se gosta de jogos  competitivos, se é capazes de respeitar regras combinadas, se pede desculpa quando se desentende com alguém, se apresenta carinho pelos colegas, se chega  a escola tranquila, se aceita mudança na rotina, se chora com frequência, se tem o hábito de levar objetos para casa, sabe ouvir e esperar sua vez de falar, sente dificuldade em pronunciar as palavras corretamente, consegue observar semelhança e diferenças entre objetos, se é questionadora e consegue observar a importância  dos portadores de textos, entre outros.  
Vale ressaltar, que todos esses aspectos, segundo a professora,  são avaliados com base no acompanhamento, observação e registro, em relação ao desenvolvimento e progressos de seus alunos, e que os mesmos não  possui caráter rotulativo ou quantitativo, e sim serve como fonte de reflexão e análise de sua prática.
Contudo, o professor precisa conhecer as teorias de desenvolvimento da aprendizagem, para ter uma atitude permanente de investigador do ser em desenvolvimento e de sua própria prática, desse modo, o conhecimento que adquire serve para enriquecer as teorias. Ou seja utilizar a teoria e a prática em benefício mútuo. (WALLON 2002)
A segunda escola observada foi à Escola Estadual de Ensino Fundamental X com uma turma do 4º ano.
 De acordo com o Projeto Político Pedagógico (P.P.P) da escola, o sistema de avaliação da mesma é uma avaliação contínua e cumulativa, ou seja, os alunos são avaliados a todo instante, sendo assim o sistema de avaliação que a escola adota é uma avaliação baseados nos resultados cumulativos obtidos ao longo do bimestre, estando de acordo com a lei vigente em nosso país.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Art.24, V, determina que:

A avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova final. 


Desse modo, o ato de avaliar significa analisar e pensar a prática dentro de uma perspectiva que promova e facilite o processo de apropriação e construção do conhecimento.
 Segundo, a professora X a avaliação não deve ser vista como um instrumento de crítica, mas sim de planejamento, pois essa forma de avaliar põe em questão não apenas um projeto educacional, mas uma mudança social na vida do educando. 

Considerações Finais

Em nosso dia-a-dia somos constantemente avaliados, mesmo que muitas vezes não o percebamos conscientemente.
Nas escolas a avaliação acontece por meio da observação, participação, entre outros, ou seja, no ambiente escolar a avaliação gera em torno da ação do aluno. Desse modo, avaliar é também, valorizar o que é feito de bom e mostrar o que precisa ser melhorado.
Sendo assim, a avaliação deve ser vista pelo professor como uma fonte reflexão que deve ser transformada em ação para melhorar o ensino aprendizagem. Porém, o trabalho de avaliar não cabe apenas ao professor, mais a todo corpo docente da escola.
Enfim, avaliação deve ser feita como um processo contínuo, ao longo do ano letivo, estando integrada aos objetivos da escola com o fazer do professor, que devem ser bem definidos.
REFERÊNCIA
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.9394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, 2008.

 HAYDT, Regina Célia Cazaux. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 1995. 

WALLON, henri. Psicologia e educação. 2 ed. São Paulo:Loyola 2002.


SIMONE LUCAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário