INTRODUÇÃO
O Presente relatório tem a finalidades de
apresentar os resultados da observação do processo de avaliação em duas escolas
Estaduais do Município de Porto Velho/RO. Ambas funcionam em dois turnos, sendo
matutino e vespertino.
Durante muito tempo o processo de avaliação nas escolas
era visto como um mero ato de classificar e não de avaliar como o próprio nome
diz. Com o passar dos anos houve a necessidade de mudança e essa prática se tornou
ultrapassada. Atualmente, a prática
da avaliação nas escolas, é vista como uma importante ferramenta pedagógica que
auxilia o professor a alcançar o objetivo da escola, que é fazer com que os
alunos se desenvolvam. Desse modo, avaliação nas
escolas, serve para medir o rendimento, a qualidade do aprendizado do educando
e auxiliar o mesmo a superar suas dificuldades, ao mesmo tempo serve
para o professor rever seu método de ensino se está sendo eficaz ou não.
A escola x é uma escola de Educação Infantil, que atende criança de dois a cinco
anos de idade.
A
observação foi feita com a turma de Pré II (4 anos). Sabe-se que, a Educação Infantil, atende criança na
faixa etária de zero aos seis anos de idade, educação essa que tem seu direito amparado por lei, sendo reconhecido
na Lei de Diretrizes e Base da Educação em seu Art. 29, que diz,
A educação
infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade.
Nesse sentido, a educação infantil, consiste no desenvolvimento das crianças antes
da sua entrada no ensino obrigatório. Desse modo, a função da educação infantil
é peparar a criança para o egresso no ensino fundamental.
Sendo assim, uma
questão muito importante é o processo de avaliação na educação infantil.
Segundo, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Art. 31.
“Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro
do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao
ensino fundamental”.
Como se vê, o processo de avaliação na educação infantil, deve ser feita sempre ao longo do processo, por meio de registro no
desempenho de algumas habilidades. Desse modo, é através
da avaliação que o professor percebe se seu método de ensino está sendo
adequado ou não para atender seus alunos. Na escola observada, a
avaliação, é feita de maneira formativa.
Segundo, Haydt (1995, p. 17), a avaliação
formativa, “permite constatar se os alunos estão, de fato, atingindo os
objetivos pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os
resultados efetivamente alcançados durante o desenvolvimento das atividades
propostas”.
Sendo
assim, na escola de Educação Infantil X, a avaliação, se dá mediante o desenvolvimento
nos aspectos: social, emocional, cognitivo e motor.
Diante desses
aspectos , a criança é avaliada, na pontualidade, se frequenta as aulas
regularmente, se é crítica, comunicativa, se gosta de jogos competitivos, se é capazes de respeitar
regras combinadas, se pede desculpa quando se desentende com alguém, se
apresenta carinho pelos colegas, se chega
a escola tranquila, se aceita mudança na rotina, se chora com frequência, se tem o hábito de levar objetos para casa, sabe ouvir e esperar
sua vez de falar, sente dificuldade em pronunciar as palavras corretamente,
consegue observar semelhança e diferenças entre objetos, se é questionadora e
consegue observar a importância dos
portadores de textos, entre outros.
Vale ressaltar, que
todos esses aspectos, segundo a professora, são avaliados com base no acompanhamento, observação e registro, em relação ao
desenvolvimento e progressos de seus alunos, e que os mesmos não possui caráter rotulativo ou quantitativo, e
sim serve como fonte de reflexão e análise de sua prática.
Contudo, o
professor precisa conhecer as teorias de desenvolvimento da aprendizagem, para
ter uma atitude permanente de investigador do ser em desenvolvimento e de sua
própria prática, desse modo, o conhecimento que adquire serve para enriquecer
as teorias. Ou seja utilizar a teoria e a prática em benefício mútuo. (WALLON 2002)
A segunda escola observada
foi à Escola Estadual de Ensino Fundamental X com uma
turma do 4º ano.
De acordo com o Projeto Político Pedagógico (P.P.P)
da escola, o sistema de avaliação da mesma é uma avaliação contínua e
cumulativa, ou seja, os alunos são avaliados a todo instante, sendo assim o
sistema de avaliação que a escola adota é uma avaliação baseados nos resultados
cumulativos obtidos ao longo do bimestre, estando de acordo
com a lei vigente em nosso país.
A Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Art.24, V, determina que:
A
avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam
sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes
ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova final.
Desse modo, o ato de avaliar significa
analisar e pensar a prática dentro de uma perspectiva que promova e facilite o
processo de apropriação e construção do conhecimento.
Segundo, a professora X a avaliação não
deve ser vista como um instrumento de crítica, mas sim de planejamento, pois essa forma de avaliar põe em questão não apenas um projeto
educacional, mas uma mudança social na vida do educando.
Considerações Finais
Em nosso dia-a-dia somos
constantemente avaliados, mesmo que muitas vezes não o percebamos
conscientemente.
Nas escolas a avaliação
acontece por meio da observação, participação, entre outros, ou seja, no
ambiente escolar a avaliação gera em torno da ação do aluno. Desse modo,
avaliar é também, valorizar o que é feito de bom e mostrar o que precisa ser
melhorado.
Sendo assim, a avaliação deve
ser vista pelo professor como uma fonte reflexão que deve ser transformada em
ação para melhorar o ensino aprendizagem. Porém, o trabalho de avaliar não cabe
apenas ao professor, mais a todo corpo docente da escola.
Enfim, avaliação deve ser
feita como um processo contínuo, ao longo do ano letivo, estando integrada aos
objetivos da escola com o fazer do professor, que devem ser bem definidos.
REFERÊNCIA
REFERÊNCIA
BRASIL.
Leis de Diretrizes e Bases da Educação.
Lei nº 9.9394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, 2008.
HAYDT,
Regina Célia Cazaux. Avaliação do processo
ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 1995.
WALLON, henri. Psicologia
e educação. 2 ed. São Paulo:Loyola 2002.
SIMONE LUCAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário