"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra".

( Anísio Teixeira )

08/06/2011

Analisando o Brasil Colônia




Analisando  o Brasil Colônia

             Ao analisar o Brasil Colônia, percebe-se claramente um massacre a vida e um desrespeito à postura e ao conceito de dignidade notando que o país embasou a falta de comportamento ético, usando de suas riquezas sem pedir licença de condição de uso e beneficio para a Colônia. De acordo com Maia (2008, p.429): “O desenvolvimento do sistema colonial organizou-se como decorrência da política econômica do mercantilismo”.
             Nesse sentido, o objetivo da política colonial no Brasil, era criar um mercado que contratasse e submetesse os interesses da metrópole portuguesa, sendo assim, a burguesia obtinha grandes lucros com a exploração econômica do Brasil.

1.1 Período Jesuítico

             No ano de 1549, acompanhado do primeiro governador Brasileiro Tomé de Souza, chega ao Brasil, aproximadamente mil pessoas e seis jesuítas, chefiados por Manuel de Nóbrega, com o intuito de formar a primeira capital da Colônia “SALVADOR”, nesse período foi formado também o primeiro bispado. Porém, a verdadeira função dos Jesuítas era de catequizar e civilizar os índios. Segundo Maia (1999, p. 248):
Durante os primeiros contatos, os jesuítas adaptavam-se ao modo de vida tribal dos índios e, a parti daí, introduziam noções religiosas. Além disso, como havia a intenção de também “trazer a civilização” para os índios, os jesuítas ensinaram novos hábitos de vida e novos trabalhos, o que foi muito importante para os índios, que passaram a produzir para vender, gerando lucro para as missões.

             No entanto, os Jesuítas mostraram um novo estilo de vida para os índios, porém, isso fez com que os mesmo se tornassem submisso á suas ordem.

1.2 Período Pombalino

             Em 1750, Marquês de Pombal , ocupava o cargo de primeiro-ministro, sendo assim começa ai uma nova fase da história do Brasil. Pombal ficou conhecido pelo conjunto de reformas realizadas tanto na metrópole como nas colônias portuguesas.
             Assim que assumiu, por obter objetivos diferentes, Marques de Pombal expulsa os Jesuítas das colônias, ou seja, Marques de Pombal se preocupava em construir escolas para servir os interesses do estado, enquanto as escolas jesuítas se preocupavam com os interesses da fé.
             No ano de 1770, a Educação Pombalina substitui o sistema jesuítico de ensino. Sendo assim, apesar de o ensino jesuítico ter sido útil às necessidades do período inicial do processo de colonização do Brasil, Entretanto, a partir desse momento histórico, o ensino jesuítico se torna ineficaz para atender às exigências de uma sociedade em transformação.

1.3 Período Joanino

             Em 1808 com a chegada da família real no Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte, D. João VI tomou medidas importantes que modificaram o cenário do Rio de Janeiro. Uma das principais medidas foi a Abertura dos portos às nações estrangeiras que consistia em abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. Do ponto de vista cultural o Brasil também saiu ganhando, o rei estimulou o desenvolvimento das artes em nosso país. Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real de Artes. Mesmo assim, a educação brasileira continuou tendo importância secundária, a educação escolar continuava sendo privilégio de alguns membros das elites. No entanto, “segundo alguns autores, o Brasil foi finalmente “descoberto” e a história do país passou a ter uma complexidade maior”. (BELLO, on-line, 2009).
             Por fim, em 1821 pressionado pela Corte de Lisboa D.João retorna a Portugal, deixando o Brasil nas mãos de seu filho mais velho D. Pedro.

2 Período Imperial

             O Período Imperial marca um novo processo para a história do Brasil, com o reinado de D.Pedro I, porém, as elites que apoiaram o imperador, passaram a exigir uma nova constituição para o país.
                                                                                                                                     
            Nesse sentido, em 1822 D.Pedro, forma um conselho, com membros escolhido por ele para elaborar a primeira Constituição brasileira, desse modo, o Brasil se tornaria uma Monarquia constitucional. Segundo Maia (2008), essa constituição não dava autonomia ás províncias, estabelecia eleições indireta mantinha a escravidão, excluía as mulheres e os padres da vida política e era necessário ter uma renda mínima para poder votar. Sendo assim, as atitudes de D.Pedro provocaram a reação dos brasileiros, que a partir daí, começaram surgir várias manifestações de descontentamento contra o Imperador. Entre essas manifestações esta a revolução de Pernambuco, que insistia em criar um novo país republicano, chamado Confederação do Equador separado do Brasil.
             No entanto, essa manifestação não durou muito tempo, seus lideres foram presos e condenados á morte. Contudo, a impopularidade do Imperador se tornou ainda maior.
            Com o passar dos anos, D.Pedro I, Sem alternativa, abdicou o trono, deixando seu filho mais velho D.Pedro de Alcântara, com apenas cinco anos de idade em seu lugar.

2.1 Período regencial

             Chama-se período regencial, o tempo que durou enquanto D. Pedro II, não atingiu a maioridade para governar.

De acordo com a constituição de 1924, no caso de o trono ficar vago em razão de menoridade do sucessor, a câmara e o senado deveriam escolher três pessoas (três regentes, que governariam o país até que o imperador atingisse a maioridade). (Carmo e Couto 1994, p.20),

             Porém todo esse tempo ficou marcado por uma intensa agitação social e política. Tudo isso, fez com que o Brasil desencadeasse vários movimentos revoltosos, como: A Cabanagem, que foi uma sangrenta e violenta rebelião popular; A Balaiada, que foi uma revolta social iniciada por políticos representantes das elites locais, entre outras. Todas essas manifestações fizeram com que D.Pedro II se tornasse rei com apenas 14 anos de idade. 

2.2 Segundo Reinado
            No ano de 1840, D.Pedro de Alcântara tornou-se rei, com o titulo de D.Pedro II. De acordo com Maia (2008, P. 437.) ”Nos primeiro anos, o governo cuidou de fazer a pacificação interna, pois o país estava bastante agitado pelas revoluções iniciadas no período regencial”. A parti daí algumas mudanças começaram a surgir no país, como: a valorização do café, a extinção do trafico negreiro, a construção de ferrovias, entre outras. No entanto, isso não significa que o Brasil, se tornava um lugar aprazível, pois as dificuldades ainda eram muito grandes, pois as riquezas ainda se mantinham nas mãos de poucos. Com o passar dos anos o movimento abolicionista começou a criar força, fazendo com que o governo monárquico enfrentasse um grande processo de decadência. Tudo isso fez com que alguns setores da sociedade chegassem à conclusão de que a monarquia precisava ser eliminada para dar lugar a um governo republicano.

3 República Velha

            A República Velha consiste no período que se inicia com o fim da monarquia em 1889, e vai a até 1930.
            Com a saída de D.Pedro II do governo, um novo regime republicano é adotado no país. Depois de um período de estabilidade, o regime republicano começou a enfrentar, vários movimentos de rebeldia e oposição ao governo. Entre o os movimento está à guerra de Canudo, que foi um verdadeiro massacre aos povos que ali residiam. Segundo Maia (2008, p. 443), ”com a guerra, a população de canudo foi dizimada, restando menos de uma centena”.
            Com o passar dos anos a proclamação da República promoveu uma nova política nacional: a burguesia cafeeira, ou seja, os cafeicultores exerciam um poder absoluto sobre esta política, contudo, após alguns movimentos e revoltas, alguns militares, começaram a se impor contra a política do café com leite, no entanto, isso fez com que os mesmo, sofressem perseguição política, tendo que sair do Brasil e se exilar no país visinho. Todos esses movimentos, como o Tenentismo, geraram uma crise que levou à Revolução de 1930 e ao fim da República Velha.

3.1 Fim da República Velha

            O fim da República Velha, com a revolução de 30, marca um novo período na história do país, com o governo de Getúlio Vargas. No entanto, Vargas se tornou o maior e mais amado da história do Brasil.
            Com a queda da burguesia Cafeeira, novas forças políticas começaram a surgir, dando início ao comunismo e o integralismo. Que a parti daí o movimento constitucionalista, passa a exigir uma nova constituição. Sendo assim, em 1933, os novos constituintes, promulgaram a nova constituição de 1934. Porém, Maia (1999), diz que: A nova constituição foi uma mistura de varias tendências políticas; sua legislação privilegiava tanto a burguesia quanto os trabalhadores. Contudo, desde o início o presidente Getúlio Vargas, procurou ganhar a confiança dos poderosos, que desde então, havia colocado o comando do país em suas mãos. Porém o governo de Getúlio Vargas foi marcado por intensos conflitos.
                                                                                                                                       
 Em 1937, o governo de Getúlio, chegaria ao fim, Porém o próprio presidente, com o intuito de impedir a sucessão, preparava um golpe pra continuar no poder. Pois o mesmo sabia que a maioria dos estados, estariam dispostos a apoiá-lo, nesse sentido montou uma farsa para justificar o golpe, dando início ao Estado Novo.

4 Estado Novo (1937-1945)

            O Estado Novo foi um período autoritário da nossa história, que durou de 1937 a 1945. Foi instaurado por um golpe de Estado que garantiu a continuidade de Getúlio Vargas, pelo poder centralizado no executivo e pelo aumento da ação intervencionista na economia. Segundo (Carmo e Couto 1994, p. 98), “A política de Vargas era, portanto, a de não se apoiar em nenhum partido político, o que lhe permitia governar sem ter que assumir compromissos com nenhum setor da sociedade”, ou seja, sua intenção era governar sozinho sem compromisso partidário, contando com o apoio das massas trabalhadoras urbanas.
             Nesse sentido, o Governo do Estado Novo, utilizava todos os meios disponíveis para ganhar a aprovação popular, porém, Vargas não admitia qualquer espécie de crítica ao seu governo, os que opunham eram presos, torturados, assassinado e até expulso do país, dessa forma Vargas, conseguia ter sobre controle os oposicionista ao seu governo, até a entrada do Brasil na segunda guerra mundial.
             No entanto, com o fim da segunda guerra mundial, começaram a surgir, movimentos em prol da democracia contra seu governo, exigindo novas eleições. A situação piorou, quando Vargas tentou manipular as eleições de 1945, nomeando seu irmão Benjamim Vargas, para o cargo de chefe da polícia do Distrito Federal, o que despertou a revolta do exército e de todo o seu braço direito. Contudo, os militares, exigiram que Vargas voltasse atrás, porém, isso não aconteceu, sendo assim, o residente foi deposto, dando fim um dos momentos mais conturbados da história. 

5 República Nova - A Tentativa Democrática (1946 – 1964), Governo Dutra

             Com a deposição de Vargas, Eurico Gaspar Dutra, assumiu o poder dando início a um novo processo de redemocratização no país. Assim que assumiu o presidente Dutra, tratou logo de elaborar uma nova constituição, segundo Maia (1994), a nova constituição determinava a liberdade de expressão, a moradia e a correspondência dos cidadãos brasileiros eram invioláveis, no sentido, de restaurar a democracia no país, no entanto, apesar de seu conteúdo democrático não tratava de questões fundamentais. no início do seu governo havia um clima de otimismo na economia do Brasil. Porém o rápido, esgotamento das reservas cambiais acumuladas durante a guerra e por uma severa política de arrocho salarial, fez com que esse clima mudasse rapidamente, desse modo, o governo percebeu que precisava mudar sua política, sendo assim, restringiu a entrada de produtos estrangeiro no país, estabelecendo um grande controle sobre os mesmos. Dutra ficou no poder até 1950 quando foi sucedido por Getúlio Vargas.

 5.2 A volta de Getúlio Vargas pelas Urnas

             Em 1951, Getúlio Vargas, voltou ao Poder, agora ungido nas urnas, provando seu carisma junto às classes mais pobres. Sua maior meta era o desenvolvimento industrial, no entanto, a década de 50, ficou caracterizada pelo impulso dado à indústria de base no Brasil. Porém, seu maior erro, foi nomear João Goulart para o ministério do trabalho, que a partir daí começou a gerar uma grande crise política.  Nesse sentido, pressionado a renunciar, Getúlio Vargas se suicida em agosto de 1954. Maia (1999, p. 279.) afirma que: “Em sua carta-testamento ele escreveu: “Saio da vida para entrar na história”“. De fato seu suicídio, provocou varias manifestações, milhares de pessoas saíram às ruas em sinal de protesto.

5.3 Governo de Juscelino Kubitschek

            No ano de 1956, começava uma nova etapa do jogo político no país, com o governo de Juscelino Kubitschek, durante todo o seu governo, o Brasil viveu um período de desenvolvimento econômico e estabilidade política, No entanto, o governo JK, foi marcado por grandes obras e mudanças. De acordo com Maia (1994), O que mais marcou seu governo, no entanto, foi seu programa econômico chamado de plano de metas, que visava o desenvolvimento no transporte, energia, educação, alimentação e industrialização. Nesse sentido o governo JK, deu início à construção da nova capital e em 21 de abril de 1960 Brasília foi inaugurada. Porém com todo esse processo de desenvolvimento e a construção de Brasília houve um aumento significativo da dívida externa, essa situação, começou a gerar uma grande movimentação de revolta. Sendo assim, em 1959, chega ao fim o governo de JK, Contudo, ainda hoje Juscelino Kubitschek é um dos políticos mais admirados do cenário nacional, considerado um dos melhores presidentes que o Brasil já teve, por sua habilidade política.

5.4 Governo Jânio Quadros (1961) – Governo João Goulart(1961-1964)

             No ano de 1961, o Brasil elege um novo governante Jânio Quadros. Com a promessa de um governo democratico, de combater a inflação e  pôr fim ao grande dano financeiro , deixado pelo governo anterior. Nesse sentido, Jânio representava a promessa de revolução pela qual o povo ansiava. Em fim, Criou uma nova política que firmava relações internacionais, não permitia intervenção externa à política, destruiu o câmbio que beneficiava apenas alguns grupos econômicos. Com tudo, a oposição foi se intensificando. Desse modo, sem explicação no dia 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou o poder, deixando toda a população assustada com sua atitude.


Os historiadores que estudam o governo de Jânio afirmam que o presidente esperava que a renúncia não fosse aceita pelo Congresso, ou que o povo se manifestasse maciçamente, reclamando sua permanência no governo. Se isso ocorresse, ele teria condições de governar com plenos poderes (como ditador).  (Carmo e Couto 1994, p.116),


             Diante da renúncia, o congresso aprovou uma emenda constitucional, para permitir a posse de João Goulart, popularmente conhecido como Jango. Vice-presidente eleito para assumir o poder. Assim sendo, João Goulart tomou posse no dia 7 de setembro de 1961.
             Porém sua primeira atitude foi tentar tranquilizar, seus opositores, tentando ganhar a confiança do governo norte americano, entretanto, seu governo iniciava em um momento de série crise econômica, Para enfrentar esses problemas, o governo tentou implantar, as reformas de bases no país, como a Reforma educacional: visava combater o analfabetismo, Reforma tributária: controle da remessa de lucros das empresas multinacionais para o exterior, entre elas a reforma agrária. O anúncio dessas reformas aumentou a oposição ao governo e acentuou a polarização da sociedade brasileira. Diante disso, João Goulart, perdeu rapidamente suas bases na burguesia, ao longo dos anos, a situação de instabilidade política foi se agravando. Nesse sentido, o descontentamento do empresariado nacional e das classes dominantes como um todo se acentuou. Dessa forma, as Forças Armadas também foram influenciadas, ocasionando o rompimento da hierarquia que deixaram de apoiar o governo de Jango, facilitando o movimento golpista, ou seja, o golpe militar, com objetivo de realizar a deposição de Jango. Contudo, no dia 31de março de 1964, o golpe depôs o presidente João Goulart, que sem forças para resistir, se refugiou no Uruguai. Dessa forma, foram dados os primeiros passos para a ditadura militar no Brasil.

6 Ditadura – Regime Militar (1964-1985)

             A ditadura militar foi um dos períodos mais conturbados da história do Brasil e esse tipo de governo teve inicio em abril de 1964 depois de um golpe que havia sido dado pelas Forças Armadas. Nesse sentido, ficou caracterizado, pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar. Enfim, a ditadura militar interrompeu o processo democrático brasileiro que durava desde o fim do Estado Novo de Vargas em 1945

6.1 Governo Castelo Branco

             O governo de Castelo Branco marcou o início do regime militar, instaurado pelo golpe e 64.  Com a promessa de inaugurar um período de ordem e paz no país, apesar das promessas de retorno ao regime democrático , Castelo Branco fez exatamente o contrario, inaugurou a adoção de Atos Institucionais como instrumento de repressão, de forma arbitrária, fechou associações civis, proibiu greves, interveio em sindicatos, cassou o mandato de alguns políticos, entre outros. Com todos esses atos, a população brasileira logo reagiu contra as arbitrariedades dos militares. Vária, manifestações e mobilizações estudantis tomaram as ruas, exigindo o fim da ditadura. Em resposta, os militares colocavam os seus soldados para responder violentamente aos protestos. Contudo, no ano de 1967, o presidente Castelo Branco foi substituído pelo general Costa e Silva, o que tornou o regime ainda mais autoritário.

6.2 Governo Costa e Silva

              O governo Costa e Silva se caracterizou pelo avanço do processo de institucionalização da ditadura. No entanto, o que era um regime militar difuso, transformou-se numa ditadura feroz, que eliminou o pouco que restava das liberdades públicas e democráticas no país. Que desde então vários movimentos e protesto, tomaram conta do país. Porém, o período de 1968 entrou para a história como o ano dos grandes protestos e das reações violentas por parte do governo, contra os movimentos estudantis entre outros. Diante da crescente onda de protestos, o regime tornou-se ainda mais severo. Segundo Carmo e Couto (1994, p.127).

Todos os que se opunham ao governo tornaram-se alvo de intensas perseguições, prisão, tortura, além de terem que responder um processo diante de tribunal militar. Isso se não fossem assassinados pela polícia durante os interrogatórios.    

            Contudo, a violência continuou, com estudantes fazendo inflamados discursos, atirando pedras, e os policiais respondendo. No entanto, o que eles queriam eram ser respeitados como cidadãos. Não como marginais ou bandido, queriam o direito de pensar, expor idéias debatê-las livremente.
            Por fim, em 1969, Costa e Silva adoeceu, e se afastou da presidência, sendo sucedido pelo General Emílio Garrastazu Médici.

6.3 Governo Médici

             Médici foi o campeão do poder ditatorial e da violência contra a sociedade. Os diretos básicos da população estavam suspensos, a censura controlava todos os meios de comunicação. Contudo, ara encobri a violência praticada nesse período, e preservar a sua imagem, o governo gastava-se muito em propaganda e slogans patrióticos. Nesse sentido, Maia (2008) afirma que, um dos slogans que mais chamou atenção na época dizia “Brasil ame-o ou deixe-o”. Na verdade queria dizer ou você apóia o governo ou deixa o país, a ditadura não admitia críticas.
            Porém, foi no governo Médici que o país apresentou o maior crescimento econômico da história do Brasil e também o aumento da divida externa, devido à dependência de dinheiro para os investimentos. Na verdade, a economia cresceu, mas o Brasil não deixou de ser um país de economia periférica somente alguns conseguiram acumular riquezas, para a maioria da população não restou nada.
           Contudo, no fim do governo Médici, em meados de 1973, a falta de sustentabilidade do desenvolvimento econômico do governo deu seus primeiros sinais de crise. A crise do petróleo e o surto inflacionário abriram à crise da economia nacional e desestabilizou a ditadura. Porém, a estabilidade política alcançada em seu governo determinou em grande medida que o próprio presidente tivesse condições para indicar seu sucessor. Sendo assim, Médici escolheu para sucedê-lo na presidência da República, o general Ernesto Geisel.

6.4 Governo Geisel

            O governo Geisel foi responsável por controlar os primeiros sinais da crise do regime ditatorial.
            Depois do governo Médici, o regime militar mais uma vez se mobilizou em torno da escolha de seu próximo presidente. O período era bastante delicado, pois o eufórico milagre econômico dava seus primeiros sinais de debilidade e as oposições, mesmo com pouco efeito, começaram a articular melhor a sua ação. Nesse momento, surgiu o nome de Ernesto Geisel, um prestigiado nos governos anteriores e desvinculado da truculência repressora dos generais da “linha dura”. Assim que assumiu, Geisel se propôs a desenvolver um país em regime constitucional, sendo assim começou esse processo diminuindo a censura, a violência, promovendo eleições diretas para os cargos políticos entre outros..
            Sendo assim, o presidente Geisel articulou a entrada do general João Batista Figueiredo na presidência, o mesmo, foi escolhido como responsável pela saída dos militares do poder dando continuidade ao processo de abertura política no país.

6.5 Governo Figueiredo

             Com a escolha do general João Batista de Oliveira Figueiredo para governar o país, ficou assegurada a continuidade do processo de abertura política.
              Sendo assim, Figueiredo assumiu o poder com o propósito de democratizar o Brasil, prometendo que conduziria o país de volta ao regime democrático. Ao longo do governo Figueiredo, a ditadura militar perdeu legitimidade social e sofreu desgaste político. Mas ainda assim, houve ameaças de retrocesso devido à radicalização de setores das Forças Armadas que tentaram barrar o processo de redemocratização. Porém, o presidente Figueiredo, teve condições de conter o radicalismo militar e encaminhar a transição da ditadura para o regime democrático.                                             
            Entretanto, o governo Figueiredo herdou uma grave crise econômica, neste contexto, a insatisfação dos trabalhadores cresceu, gerando as primeiras greves,                   porém, os trabalhadores foram um dos mais importantes segmentos da sociedade brasileira a contribuir, com suas greves e reivindicações, para o avanço do processo de redemocratização no país. No entanto, Cancian (on-line, 2009), afirma que:

A transição democrática no Brasil foi pacífica e se pautou por um processo de negociação entre as elites, envolvendo acordos para que não houvesse qualquer tipo de punição legal às Forças Armadas diante de todas as violações dos direitos humanos a que foram vítimas os opositores da ditadura.
.

             Desse modo, o mandato presidencial de Figueiredo, durou seis anos e encerrou 21 anos de ditadura militar no Brasil.

7 Nova República - Abertura Política (1985-1994)

             Nova República é o período da História do Brasil que se seguiu ao fim da ditadura militar. Desse modo, é caracterizado pela ampla democratização política do Brasil e sua estabilização econômica. Nesse sntido, Tancredo Neves, era visto como um grande nome na política nacional, a população estava a espera de dias melhores. Porém, Tancredo Neves nem chegou a tomar posse, por causa de graves problemas de saúde, vindo a falecer no dia 21 de abril de 1985. Com a morte de tancredo Neves, o governo foi assumido pelo vice-presidente, José Sarney.   

7.1 Governo José Sarney

           O governo de José Sarney representa um marco histórico do Brasil, porém a maneira como aconteceu foi trágica. Depois de 21 anos de ditadura militar, Tancredo Neves foi eleito presidente a partir do colégio eleitoral, no entanto, não teve tempo para exercer o cargo.
           Ao assumir a presidência, José Sarney recebeu como herança dos governos anteriores, uma divida externa de 100 bilhões de dólares, ou seja, a situação econômica, entretanto era das piores possíveis, a inflação era altíssima, e muitas vezes sua elevação devia-se ao próprio governo que tentava salvar a divida externa, mesmo assim, o presidente jurou honrar os compromissos políticos assumido por Tancredo. Porém, criticas partiam de todos os lados. Diante dessa situação, José Sarney lançou o plano cruzado, numa tentativa de resolver os problemas. No entanto, seu mandato caracterizou-se pela consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória. Dessa forma, o mandato de José Sarney terminaria em 1990. Em 1989 foram realizadas as eleições. Após 20 anos, o povo pode ir às urnas para eleger seu candidato à Presidência. Sarney não se opôs à campanha eleitoral, em nenhum momento. Mesmo porque este direito estava garantido na Constituição, promulgada em 1988. Seu sucessor, eleito pelo voto popular, foi Fernando Collor de Mello.

7.2 Governo Fernando Collor

             A posse do novo Presidente Fernando Collor d Mello, em meio à hiperinflação, foi acompanhada de novas medidas econômicas, porém seu governo não durou muito tempo, e não foi por questões políticas ou socioeconômicas.
            De imediato Collor, tomou medidas drásticas, para tentar combater a inflação, sendo assim, anunciou um plano econômico, que bloqueou contas e aplicações financeiras, confiscou parte do dinheiro que circulava no país, acabou com a moeda vigente, o cruzado, restabelecendo o cruzeiro. Depois do curto sucesso dos primeiros meses do seu mandato, Collor passou a viver a reversão econômica, ou seja, seu governo começou a cambalear.
              Ainda no ano de 1991, ganhou força à política recessiva, ampliando o desemprego e a miséria da maioria da população. Contudo, seu estilo agressivo da campanha continuava, mas, no entanto foi perdendo sua popularidade nacional e internacional, deste modo, a partir de agosto de 1992, o país ficou repleto de manifestações, ”O FORA COLLOR” pedindo a cassação do seu mandato.
             Sendo assim, Collor foi afastado da presidência, e renunciou o cargo antes de ter seu mandato cassado, Collor foi sucedido pelo vice-presidente Itamar Franco que exercia o cargo interinamente desde o afastamento.

7.3 Governo Itamar Franco

               Itamar Franco assumiu a presidência após o afastamento de Fernando Collor de Mello de forma interina e em caráter definitivo. No entanto, o Brasil vivia um dos momentos mais difíceis de sua história: recessão prolongada, inflação altíssima e crônica, desemprego entre outros. Em meio a todos esses problemas os brasileiros se encontravam em uma situação de descrença geral. Porém, o novo presidente se concentrou em arrumar o cenário que encontrara. Desta forma, Itamar procurou realizar uma gestão transparente, algo tão almejado pela sociedade brasileira. Com a reputação de homem honesto, Itamar Franco procurou montar um governo der entendimento nacional, para fazer uma gestão tranqüila, sem turbulências. Com isso, foi elaborado o mais bem-sucedido plano de controle inflacionário da Nova República: o Plano Real que tinha como objetivo acabar com a inflação e estabilizar a economia do país. Porém, (DANTAS, on-line, 2009), diz que, mesmo tendo sofrido as conseqüências das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional, em virtude de denúncias de irregularidades no seu governo Itamar Franco terminou seu mandato com um grande índice de popularidade.
             Concluindo podemos dizer que a História no Brasil, tem um princípio, meio e fim bem demarcado e fácil de ser entendida. Ela é feita em ações marcantes, onde em cada período determinado teve características próprias.


REFERÊNCIAS


MAIA, Raul. Projeto didático de pesquisa: multimatérias. 14. ed. São Paulo: difusão cultural do livro, 2008

MAIA, Raul. Ensino dinâmico de pesquisa: manual dinâmico do estudante. São Paulo: difusão cultural do livro, 1999.

BELLO José Luiz de Paiva. Educação no Brasil: a História das rupturas. Disponível em:< http://blig.ig.com.br/patriciaprofessora10/educacao-no-brasil-a-historia-das-rupturas/>. Acesso em: 03 nov. 2009.

CARMO, Sonia Irene Silva do; COUTO, Eliane Frossard Bittencour. História passado e presente: Brasil império e república. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.

CANCIAN, Renato. Transição, Diretas já, Riocentro. Disponível em: < http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u72.jhtm >. Acesso em: 16 nov. 2009.

DANTAS, Tiago. História do Brasil. Disponível em: < http://www.brasilescola.com/historiab/itamar-franco.htm > Acesso em: 18 nov. 2009.





SIMONE DE ARAÚJO DONATO LUCAS




                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               








                        


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